E o ser humano utiliza-se da racionalidade como uma forma de
fugir de tudo aquilo que lhe aflige, de se sentir insuscetível de emoção ou
abalo, de se fazer superior como se nada e ninguém fossem capazes de comover tudo
aquilo, que até então, havia sido minimamente planejado.
Mas, o fato é que a vida é imprevisível, e junto de toda
essa imprevisibilidade surgem momentos e desejos que fogem do poder/querer que
nos planos não haviam sido, se quer, imaginados.
E nesse jogo de sentir, poder, sorrir, chorar, em que ao mesmo
tempo a vida se desfaz, é que a vida se faz. Por que, afinal, na realidade nada
faz sentido, e nem há de se fazer.
Nos momentos contrapostos em que não há razão, é que se
encontra a razão, e aquilo tudo que nunca fez sentido toma uma perspectiva
diversa e nos faz sentir vivos, que de certa forma, é dizer o que nos torna
humanos.
É dentro deste jogo com apostas, que o gosto se torna
contragosto, que o avesso toma sua forma, e a vida vai caminhando pra algum
lugar, incerto e não sabido, mas para o seu lugar, que um dia, sem querer, a
vida há de mostrar.
ps: não resisti! voltei depois de muito trabalho p reativar a senha ;)
domingo, 8 de abril de 2012
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