Linda, cheia de personalidade e autodestrutiva. Esquecida pelo tempo, usada com o tempo. Por quê? Talvez ela estivesse à frente de sua época, talvez ela estivesse além de qualquer época. O certo é, que ela tinha um gênio indomável. Viveu de excessos. Foi demais, quis demais, riu demais, chorou demais, gastou demais, e perdeu o controle com seu louco jeito de ser e viver. Ao mesmo tempo em que fez suas extravagâncias, viveu de forma intensa, como se o presente jamais acabasse e o amanhã não fizesse parte de seus planos. Foi feliz?! Magoou muita gente, foi consumida pela mídia, e de uma mulher perfeita tornou-se um corpo frágil e deplorável. Mas, apesar de tudo, sim, em muitos momentos foi feliz. É complicado dosar a felicidade e saber o quanto se deve viver intensamente ou não. É complicado dosar quando o mundo diz te amar, transforma-te em deusa, dá fama e dinheiro sem limites para atuar. O pior de tudo é o quanto é triste quando o mundo te consume e te destrói, e nem ao menos deixa uma nota de rodapé para lembrarem de ti.
“Era uma vez uma menina com cabelo dourado que foi morar numa casa linda.
...
E as pessoas diziam: Ah, ela não é linda nada.
...
E elas tiraram-na da casa linda e jogaram-na na rua e ela foi embora e nunca mais voltou.
E logo, as pessoas ficaram com fome de novo e entraram de novo na casa linda, procurando ouro, mas não havia ninguém lá.”
GIA MARIE CARANGI
Nem sempre é fácil manter o controle, fora lidar com excessos. A vida não é fácil, pq no fundo ainda precisamos aprender a viver...
ResponderExcluirStephano