domingo, 28 de dezembro de 2008

bienvenue!

E mais um ano está terminando, e como de costume, surgem expectativas e o anseio por um ano novo próspero recheado de novidades, e claro, melhor que o anterior. Apesar de eu odiar fazer as malas, mal posso esperar para estourar minha champagne em alguma praia carioca qualquer, em um possível calor que me faça transpirar, sentindo o meu pé virar um croquete pela junção de areia e mar. Provavelmente meu cabelo não estará nos seus melhores dias, a brisa marítima não permitirá, mas tudo bem, pois o sentimento de voltar a minha raíz , escolhida pelo coração, superará qualquer preocupação fútil e superficial com a estética, as quais sempre me acompanham, e me dará o maior prazer ao poder dizer "enchante nouvelle année", espero que nos tornemos bons amigos.
Para alguns, como eu, 2008 não foi um ano muito agradável, portanto, para nós, desejo muitas mudanças positivas, visto que a rotina me irrita, e grandes realizações em todos os sentidos...seja lá onde ela ocorrer!
Pois bem, é isso!
Deixo aqui para finalizar o ano uma música feita para Vinicius de Moraes, que assim como eu, foi apaixonado pelo Rio de Janeiro.


Samba Para Vinicius

Poeta meu poeta camarada
Poeta da pesada, do pagode, do perdão
Perdoa essa canção improvisada
Perdoa a inspiração de todo o coração
Da moça e do violão, no fundo

Poeta, poetinha vagabundo
Quem dera todo mundo fosse assim, feito você
Que a vida não gosta de esperar

A vida é pra valer, a vida é pra levar
Vinícius velho, saravá

"faz um tanto ainda eu sei..."

tempo passa
eterno, efêmero,
preocupado, vivo,
intenso, anseio,
calado, desinibido,
tempo, tempo,
cada um com o seu
fim de tempo,
para uns morte,
e para os demais vida.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

...

e foda-se a jurisprundência e a "carta magna de 88", de nada adianta mesmo...eu só queria ficar a sós com a wyborowa e o meu pouco limite o ano inteiro

domingo, 21 de dezembro de 2008

"Shakedown 1979, cool kids never have the time..."

Ela nunca acreditou em contos de fada, sequer no amor, e tampouco no dito eterno. Da mesma forma que a vida é passageira e cheia de surpresas, crê que o amor assim também seja. Talvez o amor definido pelas fantasiosas histórias e novelas na realidade só exista de mãe pra filho, os demais não passam de sentimentos efêmeros, os quais com o tempo perdem aquela paixão ardente e tornam-se apenas um cotidiano que protege o homem de enfrentar seus obstáculos e temores sozinho. A pretensão desse texto não é de fazer uma “apologia” contra qualquer manifestação de interesse com o outro, pelo contrário, ela acha importante e essencial essa experiência mútua, porém acredita que ela não deva ser única, pois defende o seu aperfeiçoamento e o autoconhecimento de cada indivíduo, o qual deve ser preso e sincero apenas a seus sentimentos, e antes de qualquer dedicação a outrem precisa desenvolver o seu amor por si e pela sua vida, em busca da sua felicidade sem a necessidade de ninguém; o demais apenas deve ter vez a medida que essa exija a sua presença. Para ser mais clara, diz ela que não se deve esperar nada de ninguém, da mesma forma que não se deve fazer ou deixar de fazer algo para alguém, as atitudes tomadas por ela são realizadas de acordo com a sua vontade e a sua satisfação como o ser humano que visa ser. Observa a fidelidade como uma forma de respeito consigo e pelos seus próprios sentimentos, através da sinceridade de transparecer apenas as suas reais vontades sem necessidade de forçar uma situação, um sorriso indesejado, ou um abraço pouco cobiçado. Pode ser que o seu único amor esteja na sua liberdade, sendo incapaz, portanto, de deixar que qualquer um a limite ou a impeça de viver da maneira que se quer. Nada é perfeito e nenhum dia de sol dura pra sempre, e entre essas e outras justifica sua liberdade, a qual ,para alguns, é apenas uma forma sútil de chamar seu egoísmo. Com a sutileza de apresentar o egoísmo, já o fez Vinicius de Moraes no Soneto da Fidelidade (não que ninguém o conheça), ou vai dizer que você achava que era uma declaração de amor pra alguém?!



Soneto da Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

"Let's deflower the kid."

um dia qualquer
com um pensamento qualquer
uma saudade qualquer
junto de um sonho , também, qualquer
e todo esse pouco caso e tanto faz
apenas para não chegar a uma monotomia

seja ela qual for

sábado, 13 de dezembro de 2008

"deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar"

A urgência do encontro foi apenas uma inocente desculpa para ela reaproximar-se de seu destino, o qual por mais que não se queira é difícil evitá-lo quando sua vida nada mais foi do que um grande plano bem elaborado para que o óbvio aparentasse acaso. O cotidiano transformou-se em fadiga e tomou-lhe muito tempo de sua vida, mas agora não, decidira mudar, e dessa vez tudo seria diferente.
Deixou para trás aquilo que lhe lembrava o seu passado, levando consigo apenas o necessário, uma mochila. Toda a sua vida, a sua historia, a sua essência, dentro de uma mochila, na qual ela estava determinada a não acumular pertences, pois o peso poderia lhe causar dor atrapalhando ,assim, a sua jornada.
Sem rumo e sem direção seguiu pelas veredas de uma longa estrada, criou expectativas sobre o céu e a terra, e se sentiu invencível pela primeira vez, como se nada fosse capaz de detê-la.
Por um breve período dormiu com as estrelas, acordou com o calor e respirou liberdade. Digo breve porque o tempo lhe trouxe a saudade de sua rotina, que apesar de algumas vezes lhe parecer uma piada de mau gosto e sem graça, era sua. Logo, desistiu e voltou.
Hoje, pensa que mesmo com o desejo de mudar, há coisas e pessoas que nos prendem no chão e não permitem um grande vôo libertino para o espírito, limitando a vida a um espetáculo supérfluo e crucial ao mesmo tempo, o que é uma grande antítese por sinal. Ou talvez tenha sido apenas uma falha não reparada durante o seu processo de epifania.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

eu

eu sou uma eterna briga ambígua
briga própria e íntima,
sem interferência dos demais

sou uma quando penso
outra quando digo
e diversa no que apresento

faço do meu terreiro um campo amplo de vontades e imagens,
as quais talvez jamais saiam da mente,
porém estão sempre presentes

vivo no que acredito,
o qual nem sempre é verídico,
mas consola o meu eu e desperta meu sono,
quase nunca satisfeito devido a horas perdidas em situações encantadas
as quais no fundo apenas brincam e zombam de mim,
que nada sou nem fui

Maybe in another life, when we are both cats

Esse blog nada mais é do q uma continuação do meu anterior, cujo foi retirado do ar devido a minha falta de atenção com aquele. Na verdade eu havia desistido de ficar publicando as coisas que eu escrevo na internet por simplesmente as considerar ruins, porém ontem uma amiga minha gostou de alguns textos e me incentivou a apresentá-los novamente. Eu continuo achando ruim do mesmo jeito, mas como meu blog me ajudou muito dos meus 14 aos 18 anos, acredito q ele possa continuar me proporcionando bons efeitos, apenas pelo fato de eu poder expor de alguma maneira aquilo q eu sinto e q muitas vezes me incomoda.
Sem mais.
beijos!