A arte de sorrir consiste simplesmente na arte de sentir; sentir e ser, sentir e fazer, sentir e viver, e simplesmente viver. Viver esse vai e vem, vem e vai, de tantos estados e emoções indescritíveis, e ao mesmo tempo incríveis. Não temer, não pensar, e somente desejar o bem para si e para o próximo, que é a partir da paz dos nossos corações que alcançamos a felicidade e poupamos a nossa cabeça de coisas que possam aparentar problemas, mas no fundo não passam de preocupações mesquinhas e passageiras, porque na realidade tudo é passageiro, e ,principalmente, a vida é passageira. Assim, devemos deixar de nos limitar, deixar de julgar, deixar de invejar, e simplesmente sentir. Sentir o vento, sentir o mar, a chuva, o sol, o coração, um cheiro, uma emoção; pois, isso sim é viver. Viver é sentir, viver é sorrir, viver é querer.
FELIZ 2010 PARA TODOS!
domingo, 27 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
"pedrinha miudinha, pedrinha de aruanda ê, lajedo tão grande, tão grande de Aruanda ê"
Camila,
flor de menina
em seus olhos puro encanto
e o sorriso que fascina
sem maldade estende a mão,
de coração aberto, aprende e ensina
é uma criança com corpo de mulher
vive de alegria, e faz da vida uma sina
Camila é menina, Camila é magia, Camila é paixão.
*Camila é minha gêmea que fez aniversário semana passada...
flor de menina
em seus olhos puro encanto
e o sorriso que fascina
sem maldade estende a mão,
de coração aberto, aprende e ensina
é uma criança com corpo de mulher
vive de alegria, e faz da vida uma sina
Camila é menina, Camila é magia, Camila é paixão.
*Camila é minha gêmea que fez aniversário semana passada...
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"que viúva é essa, que todos querem mas têm medo e receio de ser dono dela"
pobre menina,
o pouco a fascina
o sol lhe diz bom dia
e o resto é regalia
perambula pelas ruas
vive de compaixão
nos olhares nem dó nem piedade
mas somente indignação
não conhece o tempo,
e tampouco saudade
não sabe da onde veio,
nem tem identidade
de Macabéa, um dia lhe chamaram
ouviu, gostou e adotou
e hoje faz desse seu nome
sem saber por que, apenas se identificou
é certo que não saber ler,
desconhece contos, prosa ou poesia
porém, Macabéa sentiu-se ser
e foi em paz acreditando ser gente, pela primeira vez na vida
*sim, é uma referência a Macabéa do livro A Hora da Estrela de Clarice Lispector, digo referência! logo, não precisa ter exatamente uma identificação com essa...
o pouco a fascina
o sol lhe diz bom dia
e o resto é regalia
perambula pelas ruas
vive de compaixão
nos olhares nem dó nem piedade
mas somente indignação
não conhece o tempo,
e tampouco saudade
não sabe da onde veio,
nem tem identidade
de Macabéa, um dia lhe chamaram
ouviu, gostou e adotou
e hoje faz desse seu nome
sem saber por que, apenas se identificou
é certo que não saber ler,
desconhece contos, prosa ou poesia
porém, Macabéa sentiu-se ser
e foi em paz acreditando ser gente, pela primeira vez na vida
*sim, é uma referência a Macabéa do livro A Hora da Estrela de Clarice Lispector, digo referência! logo, não precisa ter exatamente uma identificação com essa...
sábado, 28 de novembro de 2009
...
"Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro"
e são tantas piadas de mal gosto, mas a gente continua! firmes e fortes com aquele jeitinho...
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro"
e são tantas piadas de mal gosto, mas a gente continua! firmes e fortes com aquele jeitinho...
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
"eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera"
Era uma vez uma linda princesa, que vivia no alto de uma torre protegida por um terrível dragão. Ela passava os dias a contemplar seus sedosos cabelos perante o espelho, e a sonhar com a chegada de seu príncipe. Para ela, pouco importava o tempo que seu bravo herói demorasse para buscá-la, pois sabia que esse seria um momento tão especial e único de sua vida, que poderia aguardar sem pressa o seu tão esperado final feliz.
Um dia, de repente, seu príncipe chegou. Ficou tão emocionada ao ouvir seus gritos de luta com o dragão que mal conseguia raciocinar. Durante a maior parte de sua vida ela não havia feito nada além de desejar esse momento, como se esse fosse o ponto inicial de toda a sua felicidade, logo, até aí, não sabia ao certo o que era realmente esse sentimento.
Quando seu amado entrou pela porta sentiu pela primeira vez na vida a frustração, contrapondo-se totalmente a felicidade que esperava, pois ele não passava de um baixinho gorducho com cara de sapo, e além da sua cara havia um fedor muito semelhante a de quem vive em uma pântano. Talvez ela precisasse beijá-lo para que ele se tornasse um príncipe, e assim fez. Porém, não, ele não se tornou um príncipe. A mesma feiurinha que entrou por aquela porta permaneceu ali, e o que estava ruim ficou pior, visto que ele abriu a boca deixando aparente a ausência de alguns dentes e a falta de higiene de outros.
Tudo bem, conformou-se , porque apesar da aparência dele não ser tão agradável assim, era bom finalmente ter a companhia de alguém. Desceram juntos da torre e foram em direção ao seu reino, e mais uma novidade reascendeu os seus olhos, a miséria do povo. Ocorreu nela uma confusão de sentimentos; o surreal misturava-se com o desgosto, que ao mesmo instante despertava-lhe interesse. Toda aquela pobreza, toda aquela sujeira, o barulho, o cheiro, o feio, tomaram toda a sua atenção. E foi assim que ela descobriu que passou toda a sua vida de olhos fechados, não sendo nada além de uma bela adormecida. Bela não, de uma falsa adormecida.
Todos esses anos em que se escondeu em sua fortaleza serviram-lhe apenas para demonstrar o tão egoísta e mesquinha foi, o tanto de tempo que preferiu fingir não enxergar, simplesmente para não se importar, ao ter que acordar e enfrentar toda a realidade que seu dragão podia camuflar. Ela sentiu vergonha, ela sentiu nojo de si, e dessa vez resolveu mudar.
Pegou a mão daquele que lhe salvou, e prometeu sua fidelidade a ele de joelhos, de modo que jamais imaginou ser capaz de se comportar. Porque, apesar da natureza dos homens não ter sido tão generosa com ele, a natureza dos deuses foi. Além de ele a salvar da torre, ele a salvou da morte, da morte de não viver, ou viver de olhos fechados, ou até de sufocar-se com seu egocentrismo. E a partir de então ela descobriu o que era viver, e o que era ver, ver o mundo, tentar entender o mundo, e, então, poder conviver.
Um dia, de repente, seu príncipe chegou. Ficou tão emocionada ao ouvir seus gritos de luta com o dragão que mal conseguia raciocinar. Durante a maior parte de sua vida ela não havia feito nada além de desejar esse momento, como se esse fosse o ponto inicial de toda a sua felicidade, logo, até aí, não sabia ao certo o que era realmente esse sentimento.
Quando seu amado entrou pela porta sentiu pela primeira vez na vida a frustração, contrapondo-se totalmente a felicidade que esperava, pois ele não passava de um baixinho gorducho com cara de sapo, e além da sua cara havia um fedor muito semelhante a de quem vive em uma pântano. Talvez ela precisasse beijá-lo para que ele se tornasse um príncipe, e assim fez. Porém, não, ele não se tornou um príncipe. A mesma feiurinha que entrou por aquela porta permaneceu ali, e o que estava ruim ficou pior, visto que ele abriu a boca deixando aparente a ausência de alguns dentes e a falta de higiene de outros.
Tudo bem, conformou-se , porque apesar da aparência dele não ser tão agradável assim, era bom finalmente ter a companhia de alguém. Desceram juntos da torre e foram em direção ao seu reino, e mais uma novidade reascendeu os seus olhos, a miséria do povo. Ocorreu nela uma confusão de sentimentos; o surreal misturava-se com o desgosto, que ao mesmo instante despertava-lhe interesse. Toda aquela pobreza, toda aquela sujeira, o barulho, o cheiro, o feio, tomaram toda a sua atenção. E foi assim que ela descobriu que passou toda a sua vida de olhos fechados, não sendo nada além de uma bela adormecida. Bela não, de uma falsa adormecida.
Todos esses anos em que se escondeu em sua fortaleza serviram-lhe apenas para demonstrar o tão egoísta e mesquinha foi, o tanto de tempo que preferiu fingir não enxergar, simplesmente para não se importar, ao ter que acordar e enfrentar toda a realidade que seu dragão podia camuflar. Ela sentiu vergonha, ela sentiu nojo de si, e dessa vez resolveu mudar.
Pegou a mão daquele que lhe salvou, e prometeu sua fidelidade a ele de joelhos, de modo que jamais imaginou ser capaz de se comportar. Porque, apesar da natureza dos homens não ter sido tão generosa com ele, a natureza dos deuses foi. Além de ele a salvar da torre, ele a salvou da morte, da morte de não viver, ou viver de olhos fechados, ou até de sufocar-se com seu egocentrismo. E a partir de então ela descobriu o que era viver, e o que era ver, ver o mundo, tentar entender o mundo, e, então, poder conviver.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento, você está tão curtida"
Ela finge ser diferente e exorbitante, mas na realidade não passa de uma cafona com sonho de comercial de margarina
Diz que vai abraçar o mundo, mas tem preguiça de levantar os braços
Que vai lutar por uma causa digna, mas não combate nem o pernilongo de seu quarto
Fala em cuidar dos enfermos, mas se esquece de dar comida aos próprios peixes
Que tem ambições profissionais, mas mantém o seu currículo embaixo da mesa
É, às vezes ela quer demais, muitas vezes ela faz de menos. Enfim, eu acho que o que ela realmente quer são férias. E ponto.
*fim de ano é assim, sem criatividade, sem inspiração, apenas na fadiga.
Diz que vai abraçar o mundo, mas tem preguiça de levantar os braços
Que vai lutar por uma causa digna, mas não combate nem o pernilongo de seu quarto
Fala em cuidar dos enfermos, mas se esquece de dar comida aos próprios peixes
Que tem ambições profissionais, mas mantém o seu currículo embaixo da mesa
É, às vezes ela quer demais, muitas vezes ela faz de menos. Enfim, eu acho que o que ela realmente quer são férias. E ponto.
*fim de ano é assim, sem criatividade, sem inspiração, apenas na fadiga.
domingo, 25 de outubro de 2009
"Lady lady, glitters but theres no gold"
dopa a mina,
,adrenalina,
tira o sono,
tira o freio,
faz sua mente,
faz sua sina
dopamina,
,desespero,
faz o tempo,
o momento,
esquece o tempo,
e torna o meio
dopa a mina
,fantasia,
sem medo, limite, objetivo,
dopa a mina, dopa tudo , dopa a vida
,adrenalina,
tira o sono,
tira o freio,
faz sua mente,
faz sua sina
dopamina,
,desespero,
faz o tempo,
o momento,
esquece o tempo,
e torna o meio
dopa a mina
,fantasia,
sem medo, limite, objetivo,
dopa a mina, dopa tudo , dopa a vida
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
"Teresa foi a um samba lá no morro e não me avisou"
Não se trata de Audrey Hepbunr e nem de Brigget Bardot, o seu nome era Gia.
Linda, cheia de personalidade e autodestrutiva. Esquecida pelo tempo, usada com o tempo. Por quê? Talvez ela estivesse à frente de sua época, talvez ela estivesse além de qualquer época. O certo é, que ela tinha um gênio indomável. Viveu de excessos. Foi demais, quis demais, riu demais, chorou demais, gastou demais, e perdeu o controle com seu louco jeito de ser e viver. Ao mesmo tempo em que fez suas extravagâncias, viveu de forma intensa, como se o presente jamais acabasse e o amanhã não fizesse parte de seus planos. Foi feliz?! Magoou muita gente, foi consumida pela mídia, e de uma mulher perfeita tornou-se um corpo frágil e deplorável. Mas, apesar de tudo, sim, em muitos momentos foi feliz. É complicado dosar a felicidade e saber o quanto se deve viver intensamente ou não. É complicado dosar quando o mundo diz te amar, transforma-te em deusa, dá fama e dinheiro sem limites para atuar. O pior de tudo é o quanto é triste quando o mundo te consume e te destrói, e nem ao menos deixa uma nota de rodapé para lembrarem de ti.
“Era uma vez uma menina com cabelo dourado que foi morar numa casa linda.
...
E as pessoas diziam: Ah, ela não é linda nada.
...
E elas tiraram-na da casa linda e jogaram-na na rua e ela foi embora e nunca mais voltou.
E logo, as pessoas ficaram com fome de novo e entraram de novo na casa linda, procurando ouro, mas não havia ninguém lá.”
GIA MARIE CARANGI
Linda, cheia de personalidade e autodestrutiva. Esquecida pelo tempo, usada com o tempo. Por quê? Talvez ela estivesse à frente de sua época, talvez ela estivesse além de qualquer época. O certo é, que ela tinha um gênio indomável. Viveu de excessos. Foi demais, quis demais, riu demais, chorou demais, gastou demais, e perdeu o controle com seu louco jeito de ser e viver. Ao mesmo tempo em que fez suas extravagâncias, viveu de forma intensa, como se o presente jamais acabasse e o amanhã não fizesse parte de seus planos. Foi feliz?! Magoou muita gente, foi consumida pela mídia, e de uma mulher perfeita tornou-se um corpo frágil e deplorável. Mas, apesar de tudo, sim, em muitos momentos foi feliz. É complicado dosar a felicidade e saber o quanto se deve viver intensamente ou não. É complicado dosar quando o mundo diz te amar, transforma-te em deusa, dá fama e dinheiro sem limites para atuar. O pior de tudo é o quanto é triste quando o mundo te consume e te destrói, e nem ao menos deixa uma nota de rodapé para lembrarem de ti.
“Era uma vez uma menina com cabelo dourado que foi morar numa casa linda.
...
E as pessoas diziam: Ah, ela não é linda nada.
...
E elas tiraram-na da casa linda e jogaram-na na rua e ela foi embora e nunca mais voltou.
E logo, as pessoas ficaram com fome de novo e entraram de novo na casa linda, procurando ouro, mas não havia ninguém lá.”
GIA MARIE CARANGI
terça-feira, 13 de outubro de 2009
"enquanto eu corria assim eu ía, lhe chamar! enquanto corria a barca"
- eu não gosto muito de São Paulo porque eu acho as pessoas daqui muito sérias, muito frias...
- eu também acho, eu tenho vontade de correr pela Paulista e jogar tinta colorida em todo mundo e gritar: "EI ACORDA PRA VIDA!"
e foi mais ou menos assim q a Viola me disse...haha
muito lindo isso! to encantada até agora...
domingo, 4 de outubro de 2009
"Hey Hey girl, we're the wild type "
Talvez, os olhos sejam a parte mais ambígua do corpo humano
Pois, ao mesmo tempo que são miúdos, são gigantes; ao mesmo tempo que exteriorizam o mundo, o interiorizam também; e, além do mais, ao mesmo tempo que não dizem nada, dizem tudo; são superiores mediante palavras e mais profundos do que Shakespeare chegou a escrever
Os olhos sentem, os olhos vivem, os olhos dançam, os olhos expõem
Possuem tamanha importância que são inexplicáveis, logo, indescritíveis; não sendo suficiente substantivos para nomeá-los, adjetivos para caracterizá-los, e tampouco verbos para narrar suas ações
São confusos, intensos e agem com pequenos movimentos, movimentos que independem da boca gesticular ou não, porque os olhos dizem. Os olhos jamais ficam mudos, sendo sinceros e sensíveis, como um espelho da alma e um guia para o coração, para aqueles que sabem reconhecer o grande significado de um olhar.
"O pior cego é aquele que não quer ver"
terça-feira, 29 de setembro de 2009
"vou mostrando como sou, e vou sendo como posso"
Sonhos nascem, surgem, crescem, transformam-se, e fazem de nós pequenos inocentes, tolos, esperançosos; escravos da fantasia, sonhadores por um novo dia, prorrogadores de sorrisos e planos, relaxados para o hoje e agora
Os sonhos crescem e se transformam; transformam-se junto de nós; mudam valores, mudam desejos, mudam sonhos; sendo idade, tempo, choro, alegria, tudo motivo de mudar sonho; e do mesmo modo que ele surge, ele se acaba, e em pouco tempo nasce um novo sonho
E por mais que se queira, deseje, busque, a nossa vida acaba sempre em sonhos; sonhos que nos enganam, sonhos que nos magoam, mas, que apesar de tudo isso, jamais deixaram de ser sonhos; que nos carregam para as nuvens, nos ensinam a levantar, nos fazem sonhadores e felizes, felizes por acreditar que talvez um dia os nossos sonhos iremos alcançar
Os sonhos crescem e se transformam; transformam-se junto de nós; mudam valores, mudam desejos, mudam sonhos; sendo idade, tempo, choro, alegria, tudo motivo de mudar sonho; e do mesmo modo que ele surge, ele se acaba, e em pouco tempo nasce um novo sonho
E por mais que se queira, deseje, busque, a nossa vida acaba sempre em sonhos; sonhos que nos enganam, sonhos que nos magoam, mas, que apesar de tudo isso, jamais deixaram de ser sonhos; que nos carregam para as nuvens, nos ensinam a levantar, nos fazem sonhadores e felizes, felizes por acreditar que talvez um dia os nossos sonhos iremos alcançar
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
"nem casca de ferida ela não tem"
ela canta, ela dança, na ponta do pé
não para um segundo, nem cansa, se quer
ela roda, ela gira, ela alcança o chão
e sorri, contagia, ela é pura emoção
ela brinca com o corpo, flutua no ar
não estima futuro, e nem pensa em mudar
ela fecha os olhos, ouve o coração
não pensa no mundo e só faz sua paixão
http://www.youtube.com/watch?v=oV9T1TGVjjk
sábado, 1 de agosto de 2009
"Dato che la vita è dura che la vita è dura che la vita è dura"
e tudo está errado...
a flor não desabrochou, a chuva não terminou, o pó não virou memória, o ouro não trouxe orgulho; o relógio não despertou, a noite não começou, o tempo ficou fechado, e o ser está fadigado; a luta não gerou conquista, o lixo não foi reciclado, tampouco o amor, cultivado; a estrela não encontrou o céu, o mel se encheu de fel, o dicionário perdeu palavras, e o olhar significado; os pensamentos estão abstratos, as bailarinas perderam seus passos, a sede não se desfez com água, o bêbado recusou a cachaça; a vaca não cedeu bom leite, o cuco não encontrou seu tempo, o circo não encantou o público, e a música já não é a mesma; a alegria não é a mesma, o sorriso não é o mesmo, e a vida não é a mesma...
e está tudo errado; talvez nem frio, vazio, simplesmente errado.
a flor não desabrochou, a chuva não terminou, o pó não virou memória, o ouro não trouxe orgulho; o relógio não despertou, a noite não começou, o tempo ficou fechado, e o ser está fadigado; a luta não gerou conquista, o lixo não foi reciclado, tampouco o amor, cultivado; a estrela não encontrou o céu, o mel se encheu de fel, o dicionário perdeu palavras, e o olhar significado; os pensamentos estão abstratos, as bailarinas perderam seus passos, a sede não se desfez com água, o bêbado recusou a cachaça; a vaca não cedeu bom leite, o cuco não encontrou seu tempo, o circo não encantou o público, e a música já não é a mesma; a alegria não é a mesma, o sorriso não é o mesmo, e a vida não é a mesma...
e está tudo errado; talvez nem frio, vazio, simplesmente errado.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
"faz zum zum pra eu ver, faz zum zum p mim"
" O instituto de liberdade que a sociedade classista sufoca através das máquinas trituradoras da família, da escola, da religião e do Estado guia os passos destes homens que, de fato, parecem ter-se rebelado, entre outras coisas, contra a instituição que pretende refrear os sentimentos e os desejos. A pretexto de recusar a lei do casamento civil, que vigorara no Brasil desde a queda do Império, o povo de Canudos aprendeu a unir-se e a desunir livremente, sempre que homem e mulher estejam de acordo, e a se despreocupar com a paternidade dos ventres engravidados, pois seu condutor ou guia - a quem chamam de Conselheiro - ensinou-lhes que todos os seres são legítimos pelo simples fato de nascer. Não há nisto alguma coisa que vos pareça familiar? Não é como a materialização de certas idéias básicas da revolução? O amor livre, a livre paternidade, a eliminação da infame fronteira entre filhos legítimos e ilegítimos, a convicção de que o homem não herda a dignidade nem a indignidade."
A GUERRA DO FIM DO MUNDO - Mário Vargas Llosa
alguma semelhança com outros episódios? não é mera coincidência...talvez Canudos fosse muito mais avançada do que povos que se julgam modernos...
A GUERRA DO FIM DO MUNDO - Mário Vargas Llosa
alguma semelhança com outros episódios? não é mera coincidência...talvez Canudos fosse muito mais avançada do que povos que se julgam modernos...
terça-feira, 21 de julho de 2009
"You do it to yourself, you do"
eu vivo uma ginga de bamba
especializei-me em literatura de rua
e fiz graduação de antropologia no botequim
na gafieira me realizo e me faço
através do samba reclamo pro mundo
vivo sem tempo, sem casa, ou espaço
sou o que sou, e digo apenas o que na vida aprendi
gabos não me fazem mais homem,
tampouco me impressionam
simplesmente apresento o que vi, ouvi ou fingi
só sei que sinto,
logo acredito que de alguma forma eu existo,
e vou levando a vida assim,
pelas pernas daquela mulata,
por um longo gole de cachaça,
pelo pandeiro e pela viola enquanto a roda não chega ao fim.
-------------------------------
para dias em que você está atordoado
http://www.youtube.com/watch?v=u-2hz0fEuwM
especializei-me em literatura de rua
e fiz graduação de antropologia no botequim
na gafieira me realizo e me faço
através do samba reclamo pro mundo
vivo sem tempo, sem casa, ou espaço
sou o que sou, e digo apenas o que na vida aprendi
gabos não me fazem mais homem,
tampouco me impressionam
simplesmente apresento o que vi, ouvi ou fingi
só sei que sinto,
logo acredito que de alguma forma eu existo,
e vou levando a vida assim,
pelas pernas daquela mulata,
por um longo gole de cachaça,
pelo pandeiro e pela viola enquanto a roda não chega ao fim.
-------------------------------
para dias em que você está atordoado
http://www.youtube.com/watch?v=u-2hz0fEuwM
domingo, 19 de julho de 2009
"Não posso ficar nem mais um minuto com você"
PARA ANA CARLA
Os pais exigem demais de nós; a família exige demais de nós; os amigos exigem demais de nós; nós exigimos demais de nós. Enfim, o mundo exige demais de nós.
Muitas vezes é difícil encararmos a realidade para decidir entre o caminho da mente e o do coração, entre aquilo que parece ser certo e mais confiável e entre os nossos sonhos. Mas, diante da dúvida, talvez seja melhor optar pelo destino mais são.
Quando se realiza uma escolha dessa, possivelmente nos sentiremos com algum vazio dentro do peito, com uma peça ausente do nosso complexo quebra cabeça chamado vida.
Assim, é sempre necessário encontrar algo que se sinta amor por fazer, que acalente a alma e toque o coração, que nos torne seguros e confiantes de sermos capazes de abraçar o mundo, e o mais importante, não desistir jamis de um sonho, de uma ideologia, seja ela qual for, desde que seja uma fonte de luz e paz com força para inspirar o nosso prosseguir.
E é a partir desse refúgio que respondemos para o mundo, que buscamos satisfazer o mundo e que tentamos ser feliz.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
"..."
E um dia ela decidiu viver.
Viver, por assim fazer, com os olhos fechados, os ouvidos atentos e o coração aberto. Viver como se ninguém a observasse, como se o mundo fosse seu, e tudo se resumisse a um jogo de estados, hora alegre, hora triste, porém todos passageiros. Como se não existissem verdades, sendo essas apenas frutos de sua mente. Mente que não pára, que não descansa, e o mais importante, não se cansa de trabalhar o dia inteiro, permitindo-a ,assim, viver. Que faz sua realidade, faz suas vontades, denota o certo do errado de acordo com o tempo e o momento de seu presente, apenas esse tempo e nenhum mais. Logo, vive. Passa o dia dançando entre as estrelas, falando com as paredes e sorrindo para o além; cantando para a chuva, sentindo o céu, e fingindo preocupar-se com puro desdém. Faz da vida uma alegria, da vida uma sina, por puro egoísmo seu, faz dela sua e de ninguém mais. Por fim, simplesmente vive, e assim se satisfaz, de maneira altista e também perspicaz.
-------------------------------
é...pelo menos eu atualizei...sei lá!
Viver, por assim fazer, com os olhos fechados, os ouvidos atentos e o coração aberto. Viver como se ninguém a observasse, como se o mundo fosse seu, e tudo se resumisse a um jogo de estados, hora alegre, hora triste, porém todos passageiros. Como se não existissem verdades, sendo essas apenas frutos de sua mente. Mente que não pára, que não descansa, e o mais importante, não se cansa de trabalhar o dia inteiro, permitindo-a ,assim, viver. Que faz sua realidade, faz suas vontades, denota o certo do errado de acordo com o tempo e o momento de seu presente, apenas esse tempo e nenhum mais. Logo, vive. Passa o dia dançando entre as estrelas, falando com as paredes e sorrindo para o além; cantando para a chuva, sentindo o céu, e fingindo preocupar-se com puro desdém. Faz da vida uma alegria, da vida uma sina, por puro egoísmo seu, faz dela sua e de ninguém mais. Por fim, simplesmente vive, e assim se satisfaz, de maneira altista e também perspicaz.
-------------------------------
é...pelo menos eu atualizei...sei lá!
terça-feira, 23 de junho de 2009
"quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar"
"Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente há de necessitar de aumentar a cabeça para o total. Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente - o que produz os ventos. Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura. Deus é que me sabe."
e eu ainda insisto...não existe coisa mais linda do que a herença deixada por Guimarães Rosa.
e eu ainda insisto...não existe coisa mais linda do que a herença deixada por Guimarães Rosa.
terça-feira, 16 de junho de 2009
"I now your name i got your number..."
E tudo é passageiro, está tudo subscrito; breve, leve, passageiro; destino fictício, e por mais que se planeje, se tente, se queira, está tudo subscrito.
porque eu sou besta, to bodiada, e amo brincar com ponto vírgula e vírgulas...e mais vírgulas! e madalena arrependida is the new black! só p deixar registrado...
terça-feira, 2 de junho de 2009
"Your folks got high at a quarter to five"
na minha corrente sanguínea
apenas cafeína
pura adrenalina
sem tempo de esperar
apenas cafeína
pura adrenalina
sem tempo de esperar
quarta-feira, 6 de maio de 2009
"Saiupá saiupá saiupá"
e tudo se foi...
de modo repentino
quase imprevisível
nada censurado
apenas com um olhar
em um momento, uma vida
um sonho, menina
cada qual no seu lugar
sem prantos, espanto
somente carregando
sem mais ansiar
tão leve, tão pouco
fascina, ilumina
como uma canção de ninar
--
e a epifania continua....e a decadência criativa também....
só p deixar registrado
EU ODEIO AGLOMERADOS HUMANOS
sem mais.
de modo repentino
quase imprevisível
nada censurado
apenas com um olhar
em um momento, uma vida
um sonho, menina
cada qual no seu lugar
sem prantos, espanto
somente carregando
sem mais ansiar
tão leve, tão pouco
fascina, ilumina
como uma canção de ninar
--
e a epifania continua....e a decadência criativa também....
só p deixar registrado
EU ODEIO AGLOMERADOS HUMANOS
sem mais.
domingo, 12 de abril de 2009
"Tereza foi a um samba lá no morro, e não me avisou"
talvez as coisas não estejam tão simples como ela gostaria
talvez ela simplesmente não goste das coisas simples
talvez o incrível não esteja no impossível
talvez tudo não passe apenas de um ponto de vista
talvez tenha demorado muito tempo para ela descobrir como é bom deixar-se levar
e simplesmente levar
levar a vida assim, de um jeito muito mais leve, sem tanto esperar
talvez ela simplesmente não goste das coisas simples
talvez o incrível não esteja no impossível
talvez tudo não passe apenas de um ponto de vista
talvez tenha demorado muito tempo para ela descobrir como é bom deixar-se levar
e simplesmente levar
levar a vida assim, de um jeito muito mais leve, sem tanto esperar
quarta-feira, 8 de abril de 2009
"You're better off without her anyway"
estamos em crise e seguem-se dias loucos, loucos?! quis dizer doidos...doidos por assim ser, doidos por assim viver...com medo do tempo, com medo do dia, com medo da vida, com fome de vida; brincamos com o tempo, fazemos o mundo, esperamos minutos, buscamos a paz; se vive de guerra, se vive com pressa, se vive no tempo, para não crescer mais; rindo bastante, chorando bastante, temendo o incerto, rogando por mais; limites rompidos, barreiras quebradas, almas desconsoladas, sem saber aonde chegar; tempo é amigo, tempo é inimigo, tempo é tempo, o tempo é pai; sem objetivo, raciocínio, destino, sem...sabe-se lá?!...vivemos sem tempo, vivemos por viver, vivemos sem saber, somente isso e nada mais.
e o nível cai cada dia mais...
Maldito direito q acaba com a minha criatividade. Além disso, Artic Monkeys é ótimo em inglês, EM INGLÊS, como eu já disse, tem coisas q não devem ser traduzidas...
e o nível cai cada dia mais...
Maldito direito q acaba com a minha criatividade. Além disso, Artic Monkeys é ótimo em inglês, EM INGLÊS, como eu já disse, tem coisas q não devem ser traduzidas...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
"O samba ainda vai nascer, O samba ainda não chegou, O samba não vai morrer"
— Eu queria propor-lhe uma troca de idéias...
— Deus me livre!
Mário Quintana
haha, exatamente assim!
sábado, 21 de março de 2009
"So far away... so far away..."
o maior erro da gente é pensar,
é pensar demais,
naquilo que não se deve,
no proibido, no indeferido,
pensar no improvável,
no que foi, e no que não há
pensar no impossível,
crer no invísivel, ver um desejo íntimo
e gastar horas e horas pensando
pra se perder de tanto pensar
chegando a simples conclusão,
de que jamais se deve sonhar
é pensar demais,
naquilo que não se deve,
no proibido, no indeferido,
pensar no improvável,
no que foi, e no que não há
pensar no impossível,
crer no invísivel, ver um desejo íntimo
e gastar horas e horas pensando
pra se perder de tanto pensar
chegando a simples conclusão,
de que jamais se deve sonhar
terça-feira, 17 de março de 2009
"quem dera todo mundo fosse assim, feito você"
"Elle m'embaumait et m'éclairait. Je n'aurais jamais dû m'enfuir! J' aurais dû deviner sa tendresse derrière ses pauvres ruses. Les fleurs sont si contradictoires! Mais j'étais trop jeune pour savoir l'aimer."
há coisas que jamais deveriam ser traduzidas para não perderem seu encanto,
pois nem toda verdade é tão bela quanto acredita-se ser
(ps.: frase retirada do livro preferido das candidatas a miss universo, adivinha?!)
há coisas que jamais deveriam ser traduzidas para não perderem seu encanto,
pois nem toda verdade é tão bela quanto acredita-se ser
(ps.: frase retirada do livro preferido das candidatas a miss universo, adivinha?!)
"e se você fecha o olho, a menina ainda dança"
se soubesse como seria que fosse,
talvez não deixaria que o fosse.
PS: eu tenho ciência do homicídio cometido com o português, mas quem tem culpa, se a própria "reforma" ortográfica foi a autora do delito?!
sábado, 14 de março de 2009
"tá cada vez mais down"
a nostalgia confundiu seu passado com o presente,
se perdendo no tempo
incapaz de distinguir seus anseios de desejos
passando a ver o mundo de maneira sinestésica
sentindo cores e vendo melodias
ignorando a venda mantida nos olhos
sabe como é,
melhor forjar um sorriso do que assustar os outros com o que há por dentro
porque o que existe em você?
só interessa a você e ninguém mais
cada um sabe o que há em si e a incapacidade dos outros de se compreender
e se valeu a pena?
não sei,
pois, nada mais foi que uma travessura do nosso querido amigo destino.
_____________________________________________________________
Hoje eu assisti "Quem quer ser um milionário", e eu amei, fazia muito tempo que algum filme não me surprendia tanto.
Eu estava pensando...se há uns 50 anos atrás Guimarães Rosa já dizia que "viver é muito perigoso" imagina se ele estivesse vivo ainda, com certeza morreria de desgosto. Além da maldade natural dos homens temos que aprender a conviver com o aquecimento global e a resposta da natureza depois de tanto tempo sendo atacada.
http://www.youtube.com/watch?v=JqlY0VOFtyA&feature=related
Como Thomas Hobbes disse: "o homem é o lobo do homem", e cada um vive do jeito que dá, e ninguém pode julgar ninguém, é nisso que eu acredito.
se perdendo no tempo
incapaz de distinguir seus anseios de desejos
passando a ver o mundo de maneira sinestésica
sentindo cores e vendo melodias
ignorando a venda mantida nos olhos
sabe como é,
melhor forjar um sorriso do que assustar os outros com o que há por dentro
porque o que existe em você?
só interessa a você e ninguém mais
cada um sabe o que há em si e a incapacidade dos outros de se compreender
e se valeu a pena?
não sei,
pois, nada mais foi que uma travessura do nosso querido amigo destino.
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Hoje eu assisti "Quem quer ser um milionário", e eu amei, fazia muito tempo que algum filme não me surprendia tanto.
Eu estava pensando...se há uns 50 anos atrás Guimarães Rosa já dizia que "viver é muito perigoso" imagina se ele estivesse vivo ainda, com certeza morreria de desgosto. Além da maldade natural dos homens temos que aprender a conviver com o aquecimento global e a resposta da natureza depois de tanto tempo sendo atacada.
http://www.youtube.com/watch?v=JqlY0VOFtyA&feature=related
Como Thomas Hobbes disse: "o homem é o lobo do homem", e cada um vive do jeito que dá, e ninguém pode julgar ninguém, é nisso que eu acredito.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
"take it easy meu irmão de cor"
A cacimba
Tá vendo aquela cacimba
lá na bêra do riacho,
im riba da ribanceira,
qui fica, assim, pru dibáxo
de um pé de tamarinêra.
Pois, um magóte de môça
quage toda manhanzinha,
foima, assim, aquela tuia,
na bêra da cacimbinha
prá tumar banho de cuia.
Eu não sei pru quê razão,
as águas dessa nacente,
as águas que ali se vê,
tem um gosto diferente
das cacimbas de bêbê...
As águas da cacimbinha
tem um gôsto mais mió.
Nem sargada, nem insôça...
Tem um gostim do suó
do suvaco déssas môça...
Quando eu vejo éssa cacimba,
qui inspio a minha cara
e a cara torno a inspiá,
aquelas águas quiláras,
Pego logo a desejá...
... Desejo, prá quê negá?
Desejo ser um caçote,
cum dois óio dêsse tamanho
Prá ver aquele magóte
de môça tumando banho!
Poeta Zé da Luz
-----------------------------------------------------------
porque a gente não precisa de um português correto para se expressar... a poesia tá na simples arte de enxergar
Tá vendo aquela cacimba
lá na bêra do riacho,
im riba da ribanceira,
qui fica, assim, pru dibáxo
de um pé de tamarinêra.
Pois, um magóte de môça
quage toda manhanzinha,
foima, assim, aquela tuia,
na bêra da cacimbinha
prá tumar banho de cuia.
Eu não sei pru quê razão,
as águas dessa nacente,
as águas que ali se vê,
tem um gosto diferente
das cacimbas de bêbê...
As águas da cacimbinha
tem um gôsto mais mió.
Nem sargada, nem insôça...
Tem um gostim do suó
do suvaco déssas môça...
Quando eu vejo éssa cacimba,
qui inspio a minha cara
e a cara torno a inspiá,
aquelas águas quiláras,
Pego logo a desejá...
... Desejo, prá quê negá?
Desejo ser um caçote,
cum dois óio dêsse tamanho
Prá ver aquele magóte
de môça tumando banho!
Poeta Zé da Luz
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porque a gente não precisa de um português correto para se expressar... a poesia tá na simples arte de enxergar
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
"Consta nos Ovnis, no Pravda, na vodca"
“Viva o momento”, ela me disse. Interessante essa frase, porque enquanto o momento está presente é fácil vivenciá-lo, difícil é o tempo anterior ou decorrente a esse. As lacunas presentes entre cada momento são as culpadas pelo desespero de se querer viver intensamente cada episódio de nossas vidas, são também as responsáveis pelo medo de não se fazer desses tão especiais, como achamos que devam ser, e de se perder algo precioso enquanto a vida corre. De certa maneira, julgamos muito a vida como se ela fosse sempre inerte, a qual precisaria ser provocada , a todo instante, para algo extraordinário e fascinante ocorrer, sendo capaz de nos proporcionar no mínimo alguma história interessante. Talvez não seja tão necessário transpor tantas emoções e sentimentos em um espaço tão breve, e melhor seria apenas deixar ela fluir naturalmente. Há uma forte tendência de todos desejarem viver um “carpe diem” constante, o qual deixa muitos tão ambiciosos pelo alcance desse ideal, levando-os ao seu efeito contrário, ou seja, ao invés de viver eles tornam-se escravos de um momento. Muitas vezes eu represento essa classe, e como tal reconheço o quanto é frustrante quando não se atinge um escopo ansiado, ou quando esse não é aquilo imaginado. Entre essas e outras, por favor, não me diga mais “viva o momento”, e sim “viva a vida”, não buscando o momento perfeito, mas tentando assim vê-lo.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
"E tem piriri, tem lombriga, tem ameba; Só a bailarina que não tem"
com o silêncio encontrou seu caminho
diante da cegueira fez um refúgio
tampando os ouvidos reluziu um sorriso
esquecendo do mundo tentou crer na esperança
achou que tudo não era o bastante
tampouco o saciável o suficiente
utilizou-se de pirofagias para suas malícias
de certa forma, conquistou atenção
cansou-se com o tempo de tanto pouco caso
relutou, fugiu e jamais voltou
nem sei se foi trágico, porém jamais dramático
ninguém ao certo viu, ouviu ou presenciou
é um mundo pequeno, para tantos gigantes
histórias e lendas constituem fatos
Qual foi o paradeiro do nosso bravo herói?
Eu não sei, mas eu só sei que assim foi.
____________________
o objetivo é...não ter objetivo.
diante da cegueira fez um refúgio
tampando os ouvidos reluziu um sorriso
esquecendo do mundo tentou crer na esperança
achou que tudo não era o bastante
tampouco o saciável o suficiente
utilizou-se de pirofagias para suas malícias
de certa forma, conquistou atenção
cansou-se com o tempo de tanto pouco caso
relutou, fugiu e jamais voltou
nem sei se foi trágico, porém jamais dramático
ninguém ao certo viu, ouviu ou presenciou
é um mundo pequeno, para tantos gigantes
histórias e lendas constituem fatos
Qual foi o paradeiro do nosso bravo herói?
Eu não sei, mas eu só sei que assim foi.
____________________
o objetivo é...não ter objetivo.
"O prazer de quem tem saudade, é saudade todo dia "
Não to com tempo p atualiza isso daqui, então vou aproveitar minha boa vontade e vo colocar dois posts hoje!
Nesse primeiro eu só vou deixar um trecho de um poema do João Cabral de Melo Neto, p quem não sabe o mesmo que escreveu Morte e Vida Severina, junto de um link do youtube com o Lirinha do Cordel o proclamando. Aliás, Lirinha por favor não se acabe porque eu preciso de muitos shows do Cordel!
__________________________________________________________________
Dos Três Mal Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte
http://www.youtube.com/watch?v=0ibBmsBRxEU
Nesse primeiro eu só vou deixar um trecho de um poema do João Cabral de Melo Neto, p quem não sabe o mesmo que escreveu Morte e Vida Severina, junto de um link do youtube com o Lirinha do Cordel o proclamando. Aliás, Lirinha por favor não se acabe porque eu preciso de muitos shows do Cordel!
__________________________________________________________________
Dos Três Mal Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte
http://www.youtube.com/watch?v=0ibBmsBRxEU
sábado, 7 de fevereiro de 2009
"I listen to the wind to the wind of my soul "
sentada no mundo
sem freios, sem rumo
deixando assim ser
ao relento, espairecer
sem bagagem de mão
somente com a paz de uma canção
as a homeless
sem freios, sem rumo
deixando assim ser
ao relento, espairecer
sem bagagem de mão
somente com a paz de uma canção
as a homeless
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
"e pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz"
Não recordo-me ao certo quanto tempo faz,
nem onde foi, mas sei apenas que aconteceu.
De mansinho, sem grandes pretensões,
entrou na mente e invadiu meu coração.
Perdi a cabeça,
recorri aos mais velhos truques e palpites infelizes
na busca de alguma oportunidade para o meu sono.
Porém, de nada adiantou.
Rasguei cartas, acreditei ter visto o fim,
Desconsolei minha alma e roguei por paz.
Como todo grande drama termina em show,
o espetáculo se esgotou e encontrou seu fim
E o circo levou sua lona em busca de outro otário para iludir.
Sendo no final nada mais do que uma ressaca,
pobre e barata,
adolescente.
nem onde foi, mas sei apenas que aconteceu.
De mansinho, sem grandes pretensões,
entrou na mente e invadiu meu coração.
Perdi a cabeça,
recorri aos mais velhos truques e palpites infelizes
na busca de alguma oportunidade para o meu sono.
Porém, de nada adiantou.
Rasguei cartas, acreditei ter visto o fim,
Desconsolei minha alma e roguei por paz.
Como todo grande drama termina em show,
o espetáculo se esgotou e encontrou seu fim
E o circo levou sua lona em busca de outro otário para iludir.
Sendo no final nada mais do que uma ressaca,
pobre e barata,
adolescente.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
"Quem me dera agora, eu tivesse a viola prá cantar, ponteio"
Fascina-me a forma como a vida segue e as coisas encontram o seu rumo, assim de maneira tão surpreendente, capaz de transformar sol em chuva, amor em saudade, uma valsa em samba e uma tristeza em canção. E é toda essa louca vida de ser a responsável por toda a minha alegria e vontade de seguir, mesmo quando não está tudo bem, ou aparentemente não está, porque no fundo, pode ser tudo apenas um ponto de vista, porque no fundo, tudo não passa de arte, sexo e poesia.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
"O bixo do coco entro en minha casa e minha cabeza puxose a abalar"
Infelizmente a dificuldade de encontrar um meio termo sempre foi um grande problema para ela. Pois, sua mudança de humor brusca e seu temperamento instável, muitas vezes causaram-lhe confusões acompanhadas de dor, por talvez se sentir um ser incompreensível dentro de uma atmosfera onde todos requerem o previsível. Logo, reflete e indaga: “Mas que diabos, e quem nunca se sentiu assim?!” O manter nunca a conteve, privilegia os verbos ser ou estar, porém não o permanecer, coisas comuns acabam com a sua vitalidade, como ela assim prefere dizer. Ela sonha com o Taj Mahal, mas decide fazer compras na Barneys, em NY, ela quer ver o Machu Picchu, mas acaba por fazer um passeio na Praça da Bastilha, em Paris. E de maneira insaciável, segue o seu caminho sem rumo, no qual de extremos ela constrói seu mundo.
domingo, 25 de janeiro de 2009
"menino bonito, menino bonito ai...."
e se a gente gosta,
é porque realmente gosta?
ou é uma forma de camuflar
o sentimento de não gostar.
então, se finge que gosta
e se acaba porque gosta
e se machuca porque gosta
pra prometer nunca mais gostar.
mas será que é tão errado,
ou sou eu o culpado
dessa falta de ter alguém p gostar?
mas se a vida me consola,
e amar não me faz falta,
não vejo mal algum em caminhar pelas veredas
sozinho sem alguém p perturbar.
______________
TRASH! muito por sinal...
é porque realmente gosta?
ou é uma forma de camuflar
o sentimento de não gostar.
então, se finge que gosta
e se acaba porque gosta
e se machuca porque gosta
pra prometer nunca mais gostar.
mas será que é tão errado,
ou sou eu o culpado
dessa falta de ter alguém p gostar?
mas se a vida me consola,
e amar não me faz falta,
não vejo mal algum em caminhar pelas veredas
sozinho sem alguém p perturbar.
______________
TRASH! muito por sinal...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
"a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando essa chama"
- É uma sintonia surreal...
- Ahn?!
- É surreal...
- O que?!
- A ligação, sabe?
- Não...
- Aquela...Aquela que faz de nós frutos de uma mesma mãe, ambiciosos pelo mesmo gosto, cheios de razão pelo mesmo orgulho e distraídos pelo mesmo sonho. Você entende?
- Continua...
- A tal que nos torna insaciáveis, gulosos de inveja alheia, perfeccionistas ao olhar pro lado, constituídos de soluções para salvar o mundo, capazes de culpar os outros, e jamais encontrar a falta de razão no próprio. A mesma utilizada por seres gerados de maneira igual, corpo e corpo, às vezes alma, de qualquer maneira, paridos pelo corpo; animais que não protegem a sua espécie, repudiam-se, e usam fantasias, credo, sexo, cor, dinheiro, para buscar uma distinção inexistente. Em todos nós só há a mesma semelhança, a qual nos torna humano, monstros sem razão em busca de sua própria destruição.
_____________________________________________
Eu fico indignada com o tamanho do ego humano. Apesar de não gostar de Legião Urbana, "vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações", e salve salve Israel e a todos que defendem a morte de civis castigados pelos erros alheios.
- Ahn?!
- É surreal...
- O que?!
- A ligação, sabe?
- Não...
- Aquela...Aquela que faz de nós frutos de uma mesma mãe, ambiciosos pelo mesmo gosto, cheios de razão pelo mesmo orgulho e distraídos pelo mesmo sonho. Você entende?
- Continua...
- A tal que nos torna insaciáveis, gulosos de inveja alheia, perfeccionistas ao olhar pro lado, constituídos de soluções para salvar o mundo, capazes de culpar os outros, e jamais encontrar a falta de razão no próprio. A mesma utilizada por seres gerados de maneira igual, corpo e corpo, às vezes alma, de qualquer maneira, paridos pelo corpo; animais que não protegem a sua espécie, repudiam-se, e usam fantasias, credo, sexo, cor, dinheiro, para buscar uma distinção inexistente. Em todos nós só há a mesma semelhança, a qual nos torna humano, monstros sem razão em busca de sua própria destruição.
_____________________________________________
Eu fico indignada com o tamanho do ego humano. Apesar de não gostar de Legião Urbana, "vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações", e salve salve Israel e a todos que defendem a morte de civis castigados pelos erros alheios.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
"lá vem ela, oba, estou de olho nela"
lá vem aquela mulata
com seu rebolado cheio de graça
causando balbúrdia onde quer que vá
e encantando olhares com sua ginga de cor
lá vem aquela mulata
capaz de ser mulher sem deixar de ser menina
sorrindo uma mistura de ternura e malícia
e provocando delírios com seu jeito intimidador
é ela que entra na roda de samba,
confundindo a sua dança entre o céu e a terra
seu corpo e seus movimentos são o meu maior pecado
e sua forma sutil de seduzir representa todo o meu desespero
e é por ela que eu gasto minhas tardes com bebida barata,
com a esperança de que pelo menos uma vez ela note
o coitado que espera aquela mulata passar
_____
primeiro de 2009, aliás, um bom 2009 para todos, e amanhã serei mais um membro do "proletariado" paulistano mais uma vez, tenso!
com seu rebolado cheio de graça
causando balbúrdia onde quer que vá
e encantando olhares com sua ginga de cor
lá vem aquela mulata
capaz de ser mulher sem deixar de ser menina
sorrindo uma mistura de ternura e malícia
e provocando delírios com seu jeito intimidador
é ela que entra na roda de samba,
confundindo a sua dança entre o céu e a terra
seu corpo e seus movimentos são o meu maior pecado
e sua forma sutil de seduzir representa todo o meu desespero
e é por ela que eu gasto minhas tardes com bebida barata,
com a esperança de que pelo menos uma vez ela note
o coitado que espera aquela mulata passar
_____
primeiro de 2009, aliás, um bom 2009 para todos, e amanhã serei mais um membro do "proletariado" paulistano mais uma vez, tenso!
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